domingo, 31 de maio de 2009

INTRODUÇÃO

A maneira como se trabalha os conteúdos de Matemática é muito importante. Ela pode ser satisfatória na aprendizagem ou contribuir para o desinteresse, as dificuldades de aprendizagem e às vezes é responsável pela reprovação dos alunos. Conhecer então diferentes possibilidades de trabalho em sala de aula é fundamental para que o professor construa sua pratica. Despertar o gosto e interesse do aluno pela Matemática é fazê-lo sentir, compreender, vibrar com a ciência dos números, isso pode acontecer a partir de uma aprendizagem mais dinâmica e divertida utilizando-se os jogos como recurso.
O ensino de Matemática enfatiza o desenvolvimento do raciocínio lógico, estimula a criatividade, o pensamento independente e a capacidade de resolver problemas. Características também dos jogos. Neste contexto o jogo ganha um espaço como aliado ideal da aprendizagem, na medida em que estimula o interesse do aluno. O jogo ajuda o aluno a construir novas descobertas, desenvolve e enriquece suas descobertas, desenvolve e enriquece sua personalidade e simboliza um instrumento pedagógico que leva ao professor a condição de condutor, estimulador e avaliador da aprendizagem. Ao participar de um jogo pedagógico, o aluno aplica o que já sabe e confronta o que fez com o que seu colega fez. Essa troca de informações leva o aluno a opinar e formular hipóteses, a criar estratégias pessoais, elaborar e reelaborar conceitos, a compreender e realizar, além de estimular atitudes adequadas em relação à atividade proposta.
Os jogos pedagógicos de Matemática, bem elaborados colaboram para a construção do conhecimento, é um instrumento de socialização, desenvolve a sensibilidade, motiva, desenvolve a criatividade, propicia o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da construção.

COMO USAR OS JOGOS?

A utilização do jogo como instrumento facilitador do processo de ensino e aprendizagem, exige que seus objetivos pedagógicos sejam bem claros e que seja priorizada a qualidade. Os jogos devem: ser interessantes e desafiadores, permitir que o aluno se auto-avalie, possibilitem sua participação ativa do começo ao fim, ser diversificado, e as regras ensinadas num primeiro momento, mas dando a liberdade ao aluno de modificá-las criando novos jogos.
Exemplo de jogos: jogos estratégicos, de treinamento geométrico, digitais, em grupos ou individuais. O professor é um elemento indispensável na aplicação de jogos, a ele cabe assumir a condição de condutor, observador, estimular a aprendizagem, alem de avaliar e planejar em que momento deve ser utilizado de forma a torná-los um recurso pedagógico.
“Finalmente, um aspecto relevante nos jogos é o desafio genuíno que eles provocam no aluno, que gera interesse e prazer. Por isso, é importante que os jogos façam parte da cultura escolar, cabendo ao professor analisar e avaliar a potencialidade educativa dos diferentes jogos e aspecto.Curricular que se deseja desenvolver”. (PCN, 1997,48-19)

HISTÓRIA DOS NÚMEROS

A humanidade levou centenas de milhares de anos para construir a idéia de número. É isso mesmo! Antigamente, a matemática não existia. Na maior parte da história da humanidade, as pessoas não sabiam contar! E como elas aprenderam?
Provavelmente a partir de suas necessidades práticas. Quando as antigas civilizações começaram, a criar animais e a plantar, contar passou a ser importante para que pudessem controlar o que possuíam.


UMA PEQUENA HISTÓRIA!!!
De manhã, a pastora separava uma pedrinha para cada ovelha que levava para pastar. Essas pedrinhas eram guardadas em um saquinho.
À tarde, pastora comparava a quantidade de ovelhas que voltava do pasto com a quantidade de pedrinhas do saquinho. Se não sobrassem pedrinhas após a passagem do rebanho, ela sabia que todas as ovelhas haviam voltado.
Desde a utilização das pedrinhas, muito tempo se passou até chegarmos aos processos de contagem e a representação atual dos números. Hoje, sabemos que número e a quantidade de elementos de um grupo ou coleção e não depende do tipo de elementos que o compõem: se são pessoas, flores ou pedras.

SISTEMA DE NUMERAÇÃO EGÍPCIO

Os egípcios são um povo muito antigo do nosso planeta. A sua cultura ronda os milhares de anos e entrou em declínio à cerca de dois mil anos.
Foi apenas quando Napoleão invadiu o Egito que a Europa pode vislumbrar os seus magníficos artefatos. Mas à parte destes, os Egípcios foram dos primeiros povos a criar um sistema numérico que lhes permitisse fazer registros de todas as suas posses.
Este sistema numérico é de base dez e era composto por diversos símbolos.
A convenção sobre o modo de leitura deste sistema é bastante simples: o número maior é escrito sempre em frente do menor número e, se existir mais de uma linha, o leitor deve começar sempre na primeira.

SISTEMA DE NUMERAÇÃO ROMANO

O sistema numérico romano é um sistema originado na antiga Roma. É constituído por determinadas letras que representam números. Algumas destas representações são:
O I, representa o número 1;
O V, representa o número 5;
O X ou x, representa o número 10;
O L ou l, representa o número 50;
O C ou c, representa o número 100;
O D ou d, representa o número 500;
O M ou m, representa o número 1000.
O uso desta representação, nos dias de hoje, está cingida à numeração de capítulos ou volumes de livros, assim como para a representação da data de produção no genérico de filmes e programas.

SISTEMA DE NUMERAÇÃO CHINÊS

Muitos dos povos que vimos até aqui nessa história dos números já desapareceram. Homens da caverna, e, depois, mesopotâmicos, egípcios, maias, romanos... Aldeias e reinos inteiros deixaram de existir por causa de guerras, conquistas e outras transformações.
Entretanto, dos povos que citamos um se destaca por sua longa existência. Estamos falando da China, de quem se tem documentos datados de 3.600 anos atrás. No início era um grupo de cidades na beira do rio Amarelo (Huang He). Depois de 1.400 anos, estas cidades se unificariam em um só Império. Nesta mesma época foi adotado um sistema de escrita comum. E os números, nosso principal interesse aqui, já existiam também. Eles eram muito úteis para a religião e a administração deste grande reino que surgia.
O sistema numérico chinês começou a ser desvendado com a descoberta de vestígios como ossos e cascos de tartaruga no sítio arqueológico de Xiao dun, em Henan, na China. Nestes objetos, que foram utilizados por sacerdotes entre 1400 e 900 anos antes de Cristo, podiam ser vistos alguns sinais ligados a ritual de adivinhações pelo fogo.
Neste sistema gráfico arcaico de numeração a unidade era representada por um traço horizontal e a dezena por um traço vertical.
Este é apenas um dos diferentes sistemas escritos que já foram utilizados pelos chineses para representar números. Além dele, existiu outro conhecido como Suan Zí (que quer dizer “cálculo mediante barras”), inventado há cerca de 2700 anos atrás.
No Suan zí, a base era 10 e o valor de cada algarismo era determinado pelo lugar ocupado por seu símbolo no número. Esta numeração combinava barras horizontais e verticais para representar as unidades, com base em cálculos feitos a partir de tabuleiros com linhas e colunas para indicar casas.
Nesta numeração tradicional chinesa, dezenas, centenas, milhares e dezenas de milhares são expressos de acordo com o princípio multiplicativo. O que isso quer dizer? Quer dizer que para representar o valor 20, por exemplo, os chineses escrevem lado a lado o símbolo do 2 e o do 10, que multiplicados resultam em 20.

SISTEMA DE NUMERAÇÃO BABILÔNICO

Os Babilônios foram um povo da Antiguidade que viveu no Médio Oriente. Escreviam os símbolos numéricos com caracteres cuneiformes, ou seja, em forma de cunha, gravados em placas de argila que depois eram cozidas.
Tinham um símbolo diferente para a unidade e para a dezena e o número 60 escrevia-se exatamente como o 1, o que para nós é muito confuso. Por exemplo, 61 escreve-se como 2. Pensa-se que os Babilônios sabiam distinguir o número a que se referiam de acordo com o contexto do problema. Escritos Babilônicos provam que já esta civilização possuía grandes conhecimentos matemáticos. Neles aparece uma série de notações contáveis no sistema de numeração sexagesimal. No relógio do parlamento britânico, o Big Ben, há gravadas 12 divisões de 1 hora e 60 divisões de 1 minuto.
O uso do número 60 como base para contar e dos seus divisores (como a dúzia: 12 = 60/5) era utilizado pelos babilônios há milhares de anos nos seus cálculos quotidianos e também pelos sacerdotes nos seus cálculos astronômicos e de quem dependia a contagem do tempo.